A agenda climática transcende a realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em novembro, em Belém (PA), e os pequenos negócios podem provar isso. O Sebrae lidera movimento para posicionar as micro e pequenas empresas no centro da inovação sustentável, fortalecendo negócios responsáveis e preparados para o futuro. Com abordagem da inclusão, a instituição levará à Conferência soluções inovadoras de pequenos negócios que contribuem com a transição para uma economia verde.
“A sustentabilidade, a inovação e a inclusão social devem andar juntas no enfrentamento das mudanças climáticas. Por meio de soluções sustentáveis e que respeitam as especificidades locais, queremos garantir que os pequenos negócios sejam mais eficientes, resilientes e prosperem rumo à nova economia”, destaca Décio Lima, presidente do Sebrae.
Estimular a economia verde e a bioeconomia é a forma mais eficaz de manter a floresta em pé, gerando benefícios para o clima, para a região amazônica e para o planeta.
Décio Lima, presidente do Sebrae.
O Sebrae atua para oferecer ao empreendedor acesso a ferramentas e políticas que incentivem práticas sustentáveis a longo prazo, com respostas consistentes da mitigação e adaptação às mudanças climáticas, rumo à economia de baixo carbono. “O Sebrae está comprometido com essa transformação, promovendo economia mais inclusiva, resiliente e sustentável”, afirma o Décio Lima.
“Assim como não se pode debater sobre mudanças climáticas sem citar a Amazônia, também é impossível se falar em economia verde sem incluir as micro e pequenas empresas. Afinal, uma economia direcionada para a bioeconomia, especialmente em uma região como a Amazônica, é uma oportunidade real de geração de renda, inovação, de valorização dos saberes ancestrais e de respeito à vida na floresta”, afirma o diretor-superintendente do Sebrae no Pará, Rubens Magno.
De acordo com ele, o Sebrae no Pará tem direcionado a sua estratégia para fortalecer esses negócios e prepará-los para o mercado, por meio de iniciativas como o Inova Amazônia, que estimula a criação e o desenvolvimento de startups e negócios inovadores.
En-Zone: o empreendedorismo brasileiro para o mundo
O En-Zone é um espaço idealizado pelo Sebrae exclusivamente para a COP30, com a proposta de ser o ponto de encontro do empreendedorismo sustentável dentro do debate climático global. Localizado na Praça Dorothy Stang, próximo às duas principais áreas do evento, a Green Zone e Blue Zone, o ambiente será dedicado à exposição de negócios sustentáveis, englobando loja colaborativa, iniciativas de bioeconomia, apresentações culturais e hub de mídia.
Cinco eixos para a agenda climática
O Sebrae levará para a COP30 pauta que busca reconhecer as contribuições das MPE para a redução das emissões de gases de efeito estufa e o desenvolvimento resiliente ao clima, especialmente na bioeconomia e economia circular. “Incluir os empreendedores na agenda global significa ampliar o acesso ao financiamento climático, à tecnologia verde e ao desenvolvimento de competências, como parte da resposta global à ameaça das mudanças climáticas”, explica o diretor-técnico da instituição, Bruno Quick.
O Sebrae atua em cinco eixos estratégicos visando oferecer às MPE os recursos necessários para inovar e crescer de forma sustentável:
- Inovação para a economia de baixo carbono e bioeconomia: apoio a startups, tecnologias limpas e soluções sustentáveis.
- Agricultura e segurança alimentar: incentivo a práticas regenerativas e manejo sustentável.
- Transição energética, processos industriais e encadeamento produtivo: estímulo à descarbonização e integração das micro e pequenas empresas às grandes cadeias produtivas.
- Resiliência climática territorial e economia circular: promoção de cidades sustentáveis, reaproveitamento de resíduos e turismo de baixo impacto.
- Empreendedorismo feminino, diverso e inclusivo: fomentar a inclusão e o empoderamento de todos os segmentos da sociedade, em especial das mulheres, no desenvolvimento sustentável.
Soluções incluem crédito verde
Para o Sebrae, é essencial que os pequenos negócios sustentáveis possam acessar linhas de crédito especiais e novas formas de financiamento, como o mercado de carbono. Por meio de mecanismos como o Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (FAMPE), a instituição pretende viabilizar investimentos em energia renovável, eficiência energética e bioeconomia.
