Implementar a cultura da integração e demonstrar os benefícios da bioeconomia para as comunidades locais do Baixo Amazonas (na região de Santarém – PA). Esse é o objetivo da Rede de Inovação e Bioeconomia do Baixo Amazonas (RIBBA) que completou seu primeiro ano de atuação. O marco foi celebrado durante o 3º Meetup RIBBA, realizado na segunda quinzena de junho, em Santarém. A rede conta com apoio do Sebrae para conectar empreendedores, pesquisadores, instituições públicas e privadas.
A aliança promove a inovação sustentável, a valorização dos negócios locais e o fortalecimento da bioeconomia na região. A rede atua por meio da articulação de atores, desenvolvimento de projetos, formação de talentos e promoção de eventos e conexões estratégicas.
Criada oficialmente em junho de 2024, a RIBBA foi impulsionada pelo Polo Sebrae de Bioeconomia, que desempenhou um papel fundamental no incentivo e na sua estruturação. A rede construiu o Pacto pela Inovação, assinado durante o Sebrae SummitBio 2024, e atualmente mobiliza um grupo com mais de 170 atores do ecossistema, com 32 ações realizadas na rede e participação em 22 iniciativas do ecossistema de inovação.
Impulso inicial
Segundo o analista de Acesso a Mercados do Sebrae, Thyago Gatto, a criação de uma rede de pessoas que têm um mesmo propósito – o de desenvolver o ecossistema de inovação e empreendedorismo – é uma prática muito relevante no desenvolvimento de diversas regiões. Ele cita os casos de Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), Santa Rita do Sapucaí (MG) e Recife (PE).
O Sebrae financiou uma consultoria para estruturar a RIBBA. Para além desse impulso inicial, hoje a instituição é mais um dos atores da Rede, participando de eventos, apoiando as reuniões, disponibilizando serviços aos membros, apoiando o desenvolvimento das proposições, obviamente sempre limitado ao seu escopo de atuação.
Thyago Gatto, analista de Acesso a Mercados do Sebrae.
Próximos passos
A RIBBA busca o reconhecimento do Baixo Amazonas como uma comunidade empreendedora forte, com negócios inovadores e sustentáveis, educação de qualidade e acesso à tecnologia. Tudo isso sem perder a valorização dos saberes locais e da conservação da Amazônia.
“Os próximos passos estão no fortalecimento da rede e na implementação das ações do planejamento estratégico com foco direto em articular políticas públicas; fortalecer a comunicação do ecossistema; promover capacitações em bioeconomia e empreendedorismo; e apoiar o desenvolvimento de projetos inovadores na região”, completa o analista.
Para um dos idealizadores e atual líder da RIBBA, Nei Oliveira, o futuro da região depende do fortalecimento de alianças. “O sentimento é de gratidão e de pertencimento. A construção de uma rede como a RIBBA só é possível com o envolvimento coletivo. E seguiremos firmes, impulsionando a inovação com identidade amazônica”, afirma.
